30.11.06

Redescobrir Lisboa


Foto João Carlos Santos

Eu sou um apaixonado por Lisboa, mas a verdade é que ao fim de trinta e poucos anos a nossa relação está um pouco desgastada, é normal, o buliço da cidade no stress do dia a dia não é o melhor afrodisíaco.

Mas a melhor maneira de voltar a despertar a chama é sem duvida a de um fim-de-semana a dois e redescobrir Lisboa e todos os seus encantos. O padrão dos Descobrimentos é cada vez mais um ponto de paragem para os ávidos turistas de autocarro que chegam aos magotes consomem as vistas e partem à procura de mais um monumento para fotografar e mostrar à família e aos amigos aquilo que registaram nas suas máquinas digitais mas que realmente não viram.

Nós Lisboetas estamos cada vez mais indiferentes à nossa cidade, somos turistas na nossa própria casa., devemos explorar esta cidade mágica de encantos mil, antes que seja tarde.

Fallen Madonna with the Big Boobies!!!


Em homenagem ao René Artois da série Allo Allo.
O famoso quadro "Fallen Madonna with the Big Boobies" em carne e osso.

One


Simplesmente Pollock

Separados à nascença


O que poderiam ter em comum o humorista e apresentador da NBC Conan O´Brien e a Presidente da Finlândia Tarja Halonen, à partida absolutamente nada, mas as semelhanças saltam à vista, um verdadeiro ataque dos clones.

28.11.06

Santa Sevilha




Sem dúvida que a festa mais popular de Sevilha é a Semana Santa, 59 irmandades desfilam pelas ruas da capital da Andaluzia.
Fotografias João Carlos Santos

Ideologia política no trabalho de Deus


Simplesmente Quino

Galeria



Pintor da torre Eiffel, Paris 1953
Simplesmente Marc Riboud

Um mundo de silêncio




Em 1968 um ano antes de o homem se aventurar na Lua, Stanley Kubrick realiza o filme 2001 Odisseia no espaço, com argumento do próprio Kubrick e de Arthur C. Clarke que durante as filmagens escreveu o livro.

Um filme com 149 minutos e apenas 40 minutos de diálogo que nos transporta para o vazio do espaço onde impera o silêncio, a película não foi bem aceite na sua estreia, um filme de introspecção bem longe um banal filme de ficção científica que tanto nos diverte. 2001 aborda questões que vão da evolução do homem, até à nossa relação com a inteligência artificial. A perturbadora luz de presença do computador HAL 9000 que com a sua voz cândida e “olhar penetrante “ alerta-nos para os perigos da nossa dependência das máquinas. Um filme perturbador que nos faz pensar no nosso lugar no Universo, com música de Richard Strauss e Gyorgy Ligeti 2001 é uma festa para os nossos ouvidos e olhos, que aconselho vivamente a ver ou a rever.

27.11.06

Futebol à Portuguesa



Para quem se farta de apregoar que o futebol Português precisa de arrumar a casa.
Simplesmente Mordillo

Noites Tropicais



Nelson Motta, nasceu em São Paulo em 1944, é jornalista, compositor, produtor musical agitador social e escritor, no seu livro Noites Tropicais conta-nos a história da música Brasileira dos últimos 30 anos de uma forma ligeira e bem divertida, um elenco de estrelas, os seus sucessos e os seus fracassos.

Nelson Moita viveu de uma forma vibrante a Bossa Nova o Tropicalismo a jovem Guarda, as discotecas e o Rock, neste livro vivemos as suas alegrias e tristezas os seus amores e desamores, um homem cheio de energia que nos transporta para umas noites bem tropicais, que aconselho a não perder.

Uma questão de paixão



Andava há já algum tempo a pensar em comprar uma pequena máquina fotográfica digital, mas nenhuma me apaixonava, se bem que muitas me encantavam. Quando vi numa revista a nova Canon G7 foi paixão à primeira vista, uma paixão platónica, nunca a tinha visto ao vivo e nestas coisas o toque tem uma grande importância, li tudo o que me apareceu na net sobre esta pequena maravilha digital, compacta de 10MB cheia de extras e muito funcional, mais uma vez a Canon faz uma máquina para fotógrafos e não apenas um objecto que tira fotografias.

Resolvi não seguir um impulso, pedi numa loja para a experimentar e a paixão tornou-se uma obsessão. Já fiz a encomenda da minha prenda de Natal e aguardo a chegada, difícil vai ser esperar pelo dia 25 para lhe pôr as mãos em cima, prometo deixar aqui algumas fotos que a minha paixão digital me irá ajudar a obter.

Galeria


Simplesmente Koudelka

26.11.06

Explosão demográfica



Os coladinhos, a minha visão para o planeta com a explosão demográfica, não dá nem para respirar, ah, ah.
Desenho João Carlos Santos

A fé de Mourinho


Foto João Carlos Santos

A fama do treinador de futebol José Mourinho é por esta altura à escala mundial, Mourinho conseguiu que as estrelas do futebol, ou seja, os jogadores não estivessem sozinhos na galáxia futebolística, ganha um ordenado de estrela e por isso é que muito provavelmente se comporta como tal, ou será que, é esse comportamento que o eleva a estrela mundial?

A sua chegada ao Chelsea veio abalar o muito cavalheiro futebol Inglês, chegou como campeão Europeu pelo Porto e com todos os títulos possíveis no bolso, chegou e com toda a arrogância do mundo apresentou-se como futuro campeão de Inglaterra, não se enganou, dois anos consecutivos a arrecadar o título britânico e a tirar o sono a treinadores, críticos e comentadores pouco habituados a manifestações de alegria explosiva e comentários menos dignos de um “Gentleman”.

A mim diverte-me a imagem de um rufia em casa de Lordes, arrogância justificada pode ser chamada também de competência, e nesse aspecto José Mourinho não tem mais nada a provar, vive da irritação que provoca, e provoca irritação para viver, um ganhador que muitas vezes não sabe perder, e que nunca sabe ganhar, pelos vistos um homem de fé que espero não culpe o Divino quando a derrota lhe bater à porta, esta é a fé de Mourinho.

E já agora o Chelsea empatou hoje com o Man. United 1-1 em Manchester,
protejam-se os santos.

É isso aí


Ana Carolina e Seu Jorge ao vivo cantando "É isso aí"
Deixo aqui a letra e a cifra para quem quiser cantarolar e tocar esta balada de Damein Rice "Blower's Daughter " nesta versão para Português da Ana Carolina.

Intro: E
E
É isso ai
A
Como a gente achou que ia ser
B A
A vida tão simples é boa
E
Quase sempre

E
É isso ai
A
Os passos vão pelas ruas
B
Ninguém reparou na lua
C#m
A vida sempre continua

A
E eu não sei parar de te olhar
C#m
Eu não sei parar de te olhar
A
Não vou parar de te olhar
F#m
Eu não me canso de olhar
A B
Não sei parar
E
De te olhar

E
É isso ai
A
Há quem acredita em milagres
B A
Há quem cometa maldade
E
Há quem não saiba dizer a verdade

E
É isso ai
A
Um vendedor de flores
B
Ensinar seus filhos
C#m
A escolher seus amores

A
E eu não sei parar de te olhar
C#m
Eu não sei parar de te olhar
A
Não vou parar de te olhar
F#m
Eu não me canso de olhar
A B
Não vou parar
A E
De te olhar

Galeria


De pequenino se torce o pepino, a vida militar começa bem cedo para alguns, para muitos as instituições militares promovem valores e moldam o carácter dos homens.

Esta fotografia foi tirada no Colégio Militar em Lisboa durante um treino para uma parada militar, é impossível ficar indiferente a tanta determinação em tenra idade.

Foto João Carlos Santos

Galeria


Nunca teremos a certeza absoluta se esta fotografia do Doisneau foi forjada ou não, desde a sua publicação em 1950 na Life Magazine que a pergunta quanto à veracidade da foto se sobrepõe à própria fotografia, não que eu defenda a falsidade, bem longe disso, mas na dúvida o melhor que temos a fazer é deixarmos-nos encantar por esta maravilhosa imagem que nos mostra Paris como a verdadeira cidade do amor.
Foto Doisneau

24.11.06

007 a envelhecer mal?



É extraordinário que 44 anos depois do primeiro filme da saga "Bondiana" Dr.No, o culto 007 se mantenha tão forte nos dias de hoje. A cada estreia de um novo filme o reboliço é geral, a imprensa fica alvoraçada, o marketing encarrega-se de lembrar insistentemente que o Bond, James Bond ainda está aí para as curvas, mas será que o espião ao serviço de Sua Majestade está a envelhecer bem?

A imagem de galã de Sean Connery ou a ironia que Roger Moore empregaram à personagem criada por Ian Fleming ficarão marcadas para sempre como o Bond clássico, depois de um erro de casting ( na minha opinião) com o actor George Lazenby que apenas protagonizou um filme, que por acaso foi rodado em parte em Portugal ou o Timothy Dalton que após dois filmes não conseguiu empolgar o publico, mas Pierce Brosnan que participa em quatro películas voltou a trazer um Bond de classe, viril, engraçado, amante e destemido.

Daniel Craig o último Bond do filme Casino Royal que estreou esta semana, não tem tido vida fácil, os fãs questionam a sua fisionomia, sendo que um dos apectos mais debatido passa pelas suas orelhas, haja paciência, não será o James Bond muito mais que aspectos físicos, a sua magia não estará na sua personalidade? Eu acho que a personagem vive "apenas" de atitude, coragem, carisma e charme, na verdade qualquer cara bonita com estas qualidades será um fantástico 007.

Há que dar benefício da dúvida a este aspirante a Bond, eu espero que o Daniel Craig nos traga um James que envelheceu e se apurou, capaz de nos dar uns minutos de muita acção, distracção e boa disposição, há e claro as Bond Girls o ponto fraco do Bond e de todos nós.

23.11.06

Há dias assim


As crianças conservam o direito de fazer aquilo que nós gostaria-mos mas temos vergonha hi hi.
Simplesmente Bill Watterson.

Galeria


Hungria, Budapeste.
Foto de João Carlos Santos

Do Capitão América ao Dr. House


63 anos separam o Capitão América do Dr. House.
O herói Americano nasce em 1941 pela mão de Joe Simon e Jack Kirby, inspirados pelo patriotismo gerado pela 2ª grande guerra, o Capitão América é o defensor dos pobres e oprimidos, simpático e indeciso, má qualdidade para um grande herói um escuteiro de fato de licra, na verdade o herói mais aborrecido de sempre, uma seca.

Em 2004 da-se a conhecer o Dr. House (pode ser visto na TVI) um campeão de audiências, senhor de um mau feitio apaixonante, é arrogante, mal educado, irritante, mas com um grande valor profissional um novo herói Americano bem menos secante que o seu antecessor de fato azul e escudo de gosto muito duvidoso.

A minha geração travou uma dura batalha, pelo menos eu sim, crescer com o panorama musical do meio dos anos Oitenta até perto do final dos anos Noventa, com o Kit e o Dallas, duras provações tivemos que passar, fica-me na memória pela positiva o Verão Azul, fiu fiu fiuifu fi fiu fiufiuuuu vá não tenham vergonha todos sabem assobiar a música do genérico.

Para mim, chamem-me louco, Portugal viveu os 63 anos entre o Dr. House e o Capitão América em apenas 10 anos, senão vejamos, O Eng. António Guterres é a cara ou pelo menos o perfil, ahaah, bem, do Capitão América, um politico simpático e afável com um grande sentido de justiça, um optimista politico e não com uma politica optimista e realista, incapaz de levar qualquer decisão até ao fim.

Em 2005 chega o Eng Sócrates a 1º Ministro, uma cópia quase exacta do Dr. House, aparentemente competente, arrogante, irritadiço e irritante, lidera as audiências do pais e do seu partido e tem temporada garantida até pelo menos 2009 não se o Dr. House terá tanta sorte.

Mas o mais assustador foram os anos 80 e 90 bem caracterizados pelo Dr. Durão
Barroso e pelo Dr.Santana Lopes, os Bros e os New Kids on the Block da politica Portuguesa.

Resta-me a secreta esperança que apareça alguém que seja a cópia exacta do Macgyver capaz de resolver do nada os problemas do pais, dizem muitos que por Belém está o Macgyver Português mas eu acho que parece mais o inspector gadget do que o inventivo canadiano que é um héroi apenas com um palito.

Mandamentos da Marinha



Não cobiçarás a mulher do próximo.
Simplesmente Quino

As Princesas do Povo


Não sou grande apreciador de comédias romanticas, aliás não suporto, se bem que não escapei ás pategadas clássicas como o Sete casamentos e um funeral para mim o melhor da triste saga dos anos 90 do Hugh Grant que ainda hoje se arrasta, enfim.
Mas não resisti a comprar uma comédia romântica dos anos 50, Férias em Roma, para além de ter como actriz principal a fabulosa Audrey Hepburn que se estreou neste filme com um Oscar, o realizador William Wyler era um selo de garantia, Ben Hur e Funny Girl são alguns dos seus grandes filmes, este Férias em Roma foi uma alegre surpresa, a história de uma princesa cansada de uma vida de regras protocolares que a asfixiavam e não a deixavam viver a sua idade, uma jovem princesa que foge para o centro de Roma durante uma visita oficial a Roma e se apaixona por um jornalista americano interpretado pelo Gregory Peck.
Enquanto mordia a minha maçã que é a minha fiel companheira nesta minha cruzada de uma alimentação saudável veio-me à cabeça a imagem das nossas Princesas europeias.
Não censuro a Princesa Diana se alguma vez se aventurou pelas ruas de Roma durante uma visita oficial na tentativa de escapar das garras do seu marido Carlos, talvez, talvez hoje se veja o Carlos a tentar fugir da sua Princesa Camila, ou a Leticia fartinha da posse de esfinge que o seu Príncipe teima em aparentar.
Confesso que a imagem da Camila a procurar o seu Príncipe me deprimiu, que dupla, Roma não merece, apeteceu-me de imediato um gelado, o amargo de boca da visão da cara da Camila Parker Bowles não se compadece com uma simples maçã Golden, fui salvo pelo sorriso da Audrey Hepburn e por uma Roma a preto e branco que me fez desejar que as Princesas europeias tivessem muito mais cor, vivam as Princesas do Povo.
Férias em Roma 1953
A não perder

22.11.06

Cantar Budapeste



Ler o Budapeste do Chico Buarque é ser levado da primeira à última linha numa viagem sem retorno , um mestre de juntar palavras, não cantadas mas sim faladas que nos contam a história de José Costa um escritor anónimo que é pago para escrever artigos de jornal, discursos e romances que outros assinam como seus.Numa escala forçada a Budapeste apaixona-se e passa a viver entre o Rio de Janeiro com a sua mulher e Budapeste com a sua amante, um homem dividido entre duas cidades, duas mulheres e duas línguas e a vontade de escrever.
A não perder, e para quem já leu este pode ser um bom pretexto para reler este Chico que nos cantou Budapeste.

Galeria


Esta fotografia foi feita nos bastidores de um espectáculo de tango que houve em Lisboa em 2003, uma fracção de segundo e as personagens revelaram-se, descontraídas, indiferentes à minha presença, um bocejo, e.. click, já está, e de mais não me lembro, apenas que era verão e o tango contagiava as noites quentes de Lisboa.
Fotografia João Carlos Santos

O bom Palerma


A capacidade de ouvir e não ouvir nada é um fenómeno cada vez mais comum nas nossas vidas. O humorista do Gato fedorento, Ricardo Araújo Pereira admite ser um palerma, e na verdade talvez o seja, o gato mais fedorento do grupo consegue retirar de uma conversa interessante e importante o sumo da sua comédia, não presta atenção aos assuntos mas sim aos pormenores, deficiências na fala, expressões, tiques etc, procura nas pessoas não o que elas têm para dizer mas sim como o dizem, ouvir sem ouvir, alimenta-se das nossas fraquezas.
Dou por mim a pensar, tantas vezes que falo com pessoas que me ouvem não parecendo ouvir, será que todos são humoristas, estarei eu a falar constantemente para um grupo de cómicos envergonhados, talvez, mas na verdade acho que todas estas pessoas que encontramos diariamente simplesmente não estão para ouvir ninguém, estamos cada vez mais fechados para a palavra, o mundo gira muito rápido à nossa volta, entra tudo a 100 e sai a 200, é a vida!
Agora, tenho o direito de não querer ser ouvido em vão, por isso quando estiver farto de não ser ouvido vou tentar encontrar e falar com o Ricardo do Gato e fazer questão de ser ignorado pelo palerma, pelo menos vai de certeza apanhar em mim expressões e tiques que lhe darão material para uns bons minutos de humor, é triste mas em vez de falar para o boneco prefiro falar para o palerma, se o palerma for um bom palerma.

21.11.06

Uma questão de prioridades


É importante que saibamos bem as nossas prioridades, fumar mata!
Simplesmente Quino.

O amor é um lugar estranho?


Confesso que demorei até ver o filme Lost in Translation, uma embirração idiota em relação à realizadora Sofia Coppola sem qualquer justificação, fui vencido pelo tédio de curar uma gripe que me levou a ver e a rever todos os DVD´s que tinha na DVDteca, com alguma relutância coloquei o filme no leitor de DVD na esperança de adormecer rapidamente, o plano falhou! fiquei agarrado ao ecrã durante os 90 minutos, há muito tempo que não via um filme que vivesse da sua simplicidade.A vida tal qual ela é, isto é cinema na sua forma mais profunda, contar histórias que estão tão perto de nós.A solidão de noites em branco que rapidamente se transformam numa bela amizade, é este o principio para uma história de amor entre um homem de meia idade, estrela de cinema, e uma rapariga que ainda não se encontrou na vida, juntos procuram aquilo que todos nós procuramos, amor!
A minha injustiça para com a Sofia Coppola transformou-se em admiração por ter feito um filme back to the basics, o cinema é um lugar estranho!
Os actores conseguíram fazer-nos viver a sua história como se fosse nossa, sem efeitos especiais nem artimanhas de guião para nos atirar areia para os olhos.Um fantástico Bill Murray e uma maravilhosa Scarlett Johansson que se revela como uma actriz que faz dos silêncios uma forma de bem representar , parabéns , e mais não conto, para quem não viu, ficar Lost in Translation.
O amor é um lugar estranho!
Quanto à gripe...., já estou bem melhor obrigado.

Galeria


Inauguro hoje uma secção a que dou o nome de Galeria, uma mostra de algumas fotografias que fiz, que faço e ainda as que irei fazer bem como as de grandes fotógrafos pelo mundo fora, a cada uma está sempre associada uma história, algumas irei compartilhar outras guardar para mim, há coisas que ficam só para nós, é quando o fotógrafo convive bem com a solidão das suas recordações fotográficas, por vezes um breve disparo de obturador transforma-se em algo que se perpétua por toda a nossa vida, esta é a grande beleza da fotografia, uma paixão que nos envolve e nos consome dia a dia.
A primeira foto da Galeria foi feita no Porto em 1996, posso dizer que foi o princípio de tudo, e mais não conto hi hi hi, só de pensar que já lá vão 10 anos!!!
Foto João Carlos Santos

20.11.06

Paciência


Simplesmente Lenine.

Encontro de amigos


António Carlos Jobim revolucionou a música no Brasil e além fronteiras, fez do samba canção e do chorinho uma sofisticação que levou a Bossa Nova ao mundo pela voz de João Gilberto, como diz o Nelson Motta todos os grandes músicos brasileiros da geração de 60 se deixaram inebriar e encantar pela bossa, a nova e fabulosa canção desafinado, todos eles se recordam onde estavam no dia em que ouviram o Desafinado ou o Chega de Saudade, aqui fica o tributo ao precursor e génio Jobim e ao ainda Chico que nos continua encantando com o seu novo álbum Carioca, e a não perder os seus DVD´S onde podemos encontrar Chico a sua música os seus amigos o seu Rio de Janeiro e o seu futebol.

Vida de cão




Por vezes dou por mim a pensar na velha expressão “vida de cão”, talvez há muitos anos atrás essa frase definisse bem a vida de muitos Portugueses, a pobreza de espírito e de dinheiro levava muito boa gente a ter vida de cão. Os tempos mudaram muito o panorama da nossa sociedade, hoje dizer a alguém que leva uma vida como a dos nossos companheiros de quatro patas é mais um elogio à sua forma de vida do que um comentário depreciativo, na verdade hoje os canídeos são mais bem tratados do que muitas crianças, atenção eu não sou contra o tratamento digno de um cão, ser bem tratado e bem alimentado, mas sempre com a plena consciência de que se trata de um animal.
O mercado de produtos para animais de estimação vale milhões de Euros, é sem duvida um negócio emergente em Portugal, nos Estados Unidos há muitos anos que é normal levar o cão a um psicólogo ou a uma terapeuta sexual, a única conclusão a que podemos chegar é que somos nós que estamos a dar cabo do juízo dos cãezinhos e dos gatinhos, não me parece que na evolução das espécies, Darwin refira algum aconselhamento sexual na procriação dos ancestrais dos nossos canídeos.
Eu tenho uma cadela, na verdade eu tenho uma grande cadela, 58kg de pura dedicação e paixão pela sua brincadeira preferida, jogar à bola, olha para nós com uma grande admiração, está totalmente dependente de nós e na verdade nós dependentes dela, é brincalhona, adorável e tem a brutidão esperada num animal do seu tamanho. Come a melhor ração do mercado e sempre a horas, quer muitas bolas para brincar, exige atenção desesperada e adora dormir cedo, aliás implora por ir para a cama, qualquer semelhança com a história de milhares de cães no passado é completamente impossível.
Hoje em dia ser cão pode ser um privilégio, se bem que ainda se vê muita maldade para com os bichinhos que depois de crescer passam a ser um fardo para as famílias que os abandonam sem culpa nem remorso, mas na verdade assim acontece também com muitas pessoas ainda nos dias de hoje, até para se cão é preciso ter sorte.
Esta fotografia tirei-a em Marrocos é mais um quadro perfeito de uma criança que cresce com o seu cão, fiquei a olhar para a foto e a imaginar a vida deste garoto e do seu fiel amigo, nunca o saberei, na verdade todos precisamos de um amigo e o cão não olha defeitos nem feitios ama pelo simples facto de gostar de amar, a nós cabe-nos responder a esse amor de uma forma sincera e útil para o nosso melhor amigo, quanto a mim a melhor forma de tratar um cão é com respeito pela condição de ser um animal, não sei nem nunca saberei se a criança Marroquina vive uma vida feliz, mas tenho a certeza que o seu cão o vai acompanhar até o último dia da sua vida, isto é ter um amigo, isto é ser feliz.

Uma Paixão

A cidade que nunca dorme, è claro que este chavão se adapta que nem uma luva a Nova Iorque, mas não a podemos reduzir a uma esquizofrénica sonâmbula, NY é amor, rir, chorar, é loucura, divertimento, esgotante e apaixonante é única no mundo.
Eu sou um apaixonado por metrópoles e NY é a metrópole por excelência, uma cidade contagiante que nos devora e nos envolve na sua multiculturalidade, que nos deixa ser como somos sem que ninguém nos olhe de lado, uma cidade diferente que nos deixa ser o que quisermos, cidade cruel que não presta atenção a ninguém, amplifica a nossa solidão sem nunca estamos sozinhos, é impossível estar mergulhado no silencio, a não ser que se viva acima do 50ºandar, mas após umas horas de quietude o vicio do buliço da cidade faz-nos falta, queremos sentir a adrenalina de nos sentir-mos vivos na grande maçã.
Eu adoro imagem, melhor adoro captar as imagens que se me apresentam sejam fotográficas ou em vídeo, e não resisti a gravar em cassete esta cidade, NY é movimento cheiro e cores, a NY de Woody Allen a preto e branco em Manhattan já não existe, as marcas e as cicatrizes deixadas pelos ataques de 11 de Setembro tornaram a cidade mais cínica e mais desconfiada, sempre controlada e sempre a controlar-nos, acho que nem o próprio realizador de Manhattan se revê na sua cidade.
Eu deixei-me levar pelo ritmo das ruas e do metro e apenas fiz em vídeo um pequeníssimo apontamento desta frenética cidade, mas mais do que falar de NY o melhor é verem o vídeo New York minute, é que para mim em NY tudo se resume a viver ao minuto, um de cada vez e tirar todo o gozo de uma cidade que não se vê num minuto.

New York minute...